Doping
 
 
A crescente mercantilização observada no meio esportivo aumentou a pressão sobre o atleta para alcançar seu rendimento máximo em curto prazo. Vencer se tornou Mais importante que competir. Essa inversão de valores tem provocado mudanças na ética desportiva, induzindo os atletas à utilização de todos os recursos disponíveis, lícitos ou não, para vencer.
Entre os fatos que contribuem para a utilização da dopagem são: freqüência, duração e intensidade dos treinamentos e das competições; período de recuperação insuficiente entre esses episódios; condições atmosféricas desfavoráveis e estresse provocado pelo público, meios de comunicação e patrocinadores.
A maioria dos recursos utilizados para essa finalidade apresenta grande probabilidade de provocar efeitos nocivos ao atleta. Infelizmente, na maioria das vezes, as discussões sobre o assunto são restritas à eficácia ou não da substância como agente de dopagem ou se o atleta teve ou não a intenção de se dopar.
Essa é uma questão de importância, como poderemos julgar a verdadeira intenção de um esportista em se dopar ou não, em tempos em que se perdeu o espírito esportivo, e que a vitória tornou-se mais importante do que competir devido aos grandes prêmios em dinheiro. A luta contra a prática da dopagem tem por base a proteção da saúde e a manutenção da segurança dos atletas.

César Cielo é pego em exame de doping
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou no dia 01 de julho de 20011 que quatro atletas brasileiros foram flagrados no exame antidoping no último Troféu Maria Lenk, no Rio, em maio. Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre, Nicholas Santos e Henrique Barbosa, do Flamengo, e Vinícius Waked, do Minas Tênis, tiveram resultado analítico adverso para a substância Furosemida, da classe S5 Diuréticos. Os exames foram analisados pelo Laboratório INRS – Institut Armand Frappier, no Canadá, credenciado pela Agência Mundial Antidoping.
Mas nada acontecerá a eles. A confederação divulgou que por causa do histórico e por seguir o regulamento internacional eles serão punidos com uma advertência e “de acordo com a regra DC 9 da Federação internacional, os atletas perdem os resultados, prêmios, certificados e medalhas alcançados no Troféu Maria Lenk de Natação”. Eduardo de Rose, membro-fundador da Agência Mundial Antidoping, disse que "não houve culpa nem negligência" dos nadadores. “O que ocorreu foi a contaminação da cafeína que eles tomam há dois anos.”
A nota diz ainda que “os quatro atletas declinaram do direito de realização da amostra B e os referidos atletas definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, estando comprovado que não houve aumento dos seus desempenhos, fato que não ocorreu nesta competição. A Federação Internacional de Natação, optou por uma advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio”.
Em nota em seu site oficial, César Cielo falou sobre o fato ocorrido. “Durante o painel, todos os dados foram levantados e comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normas e protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária).”
Segundo o site, o nadador afirma acreditar que todo o mérito de um atleta seja resultado de muito treino, dedicação e seriedade, e afirma que todos os resultados já conquistados por ele, seguiram esses pilares não sendo em nenhum momento imprudente ou usando de imperícia.
Diz ainda, “Não uso nenhum tipo de medicamento ou suplemento sem me certificar da segurança de sua utilização. Em qualquer lugar do mundo em que esteja, consulto sempre meu médico e meu pai, que é médico, sobre os componentes de todo medicamento ou suplemento antes de ingeri-los. Sou extremamente cuidadoso com isso e tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho...”
Referencia:

Ben Johnson diz ter sido sabotado por empresário de Carl Lewis em Seul-1988
O ex-velocista Ben Johnson afirmou ter sido sabotado pelo empresário de Carl Lewis, Andre Jackson, e que por este motivo foi pego no exame antidoping nos Jogos Olímpicos de Seul-1988. Segundo o canadense, todos os velocistas se drogavam, mas apenas ele foi pego.
A história foi contada em uma biografia lançada recentemente nos Estados Unidos. No livro, Ben Johnson não nega o uso de substâncias ilícitas, mas se defende afirmando que a prática era comum entre os atletas de ponta. A estratégia na época era interromper o uso antes dos exames antidoping e foi estimulada por seu treinador Charles Francis. Dessa forma, Ben Johnson cravou 9s79 na final dos 100m rasos, mas perdeu a medalha de ouro após ser revelado o doping do atleta.
Em entrevista exibida no Esporte Espetacular, o canadense diz que estava na companhia de Jackson na sala do exame e que o empresário de Carl Lewis lhe ofereceu algumas cervejas para ajudar a urinar. Enquanto dava cervejas ao atleta, Jackson colocava na garrafa comprimidos com estanozolol, uma substância proibida que aumenta a força e potência dos músculos.
“Eu achei que não era nada. Tomei umas quatro ou cinco garrafas em um período de cerca de sete horas”, afirmou Johnson ao programa. Este período de tempo é suficiente para que a substância seja detectada na urina.
Carl Lewis, segundo colocado na prova, foi o maior beneficiado no escândalo, pois herdou a medalha de ouro do adversário canadense. O atleta norte-americano não quis comentar o caso, bem como seu empresário, que hoje trabalha na África.
Ben Johnson diz que contou sua versão dos fatos aos dirigentes esportivos de seu país, mas eles se recusaram a acreditar em um atleta que confessava o doping.

Problemas do Maradona com a cocaína
A amigos íntimos Maradona terá revelado que o seu contacto com a cocaína começou ainda emBarcelona , nos dias seguintes a um famoso jogo com o Atlético de Bilbau, em Abril de 1984, em que se registou tremenda batalha campal.

O jogador argentino terá, de seguida, caído na tentação de experimentar, em casa de pessoas conhecidas, as sensações da cocaína. Maradona, pelo menos publicamente, nunca confirmou esta versão.

Só anos mais tarde, já no Nápoles, no rescaldo da derrota na final do Mundial de 1990, Maradona terá ficado dependente daquela droga. Entre Julho de 1990 e Fevereiro de 1991 muita gente suspeitava que o argentino consumia cocaína. Em Dezembro de 1990 surgiram, nas páginas de alguns jornais italianos, fotografias de Maradona com Giulliano que controlava o tráfico.

Pouco depois o argentino seria acusado formalmente de envolvimento em negócios que metiam cocaína e, até, prostituição de luxo. Mas só a 29 de Março de 1991 estourou a bomba. O telejornal do primeiro canal da RAI 1 abriu com a notícia: Maradona acusara uso de cocaína no controlo anti-doping efetuado no final do Nápoles-Bari, disputado a 17 de Março. Foi logo afastado e, mais tarde, condenado a 15 meses de suspensão

Terá sido este, talvez, o período mais difícil da vida de Maradona. A 26 de Abril, num apartamento de Cabalitto, a cinco quilómetros de Buenos Aires, foi detido a consumir 20 gramas de cocaína, com mais meio quilo pronto para usar. Foram arrepiantes as imagens passadas nessa altura, que mostram um Maradona arruinado física de psicologicamente, alucinado e de olhar ausente.Pouco depois deu início a tratamento psiquiátrico e revelou que já consumia cocaína há muito tempo.

Participou em debates e colóquios em que se debateu o problema social de quem é dependente de drogas. Avisou as crianças argentinas, talvez pensando nas filhas, pensou-se que estaria curado. Em Agosto de 1997, porém, num Boca Juniors-Argentinos Juniors, voltou a acusar a presença de cocaína na urina.

Ponto final na carreira. Mais tarde, em Janeiro de 2000, sofreu crise cardíaca por alegada overdose de cocaína. Soube-se então que Maradona, afinal, também era de carne e osso. Não conseguia deixar os labirintos da droga. Admitiu-o. De olhos bem abertos e a pensar nas filhas. Agora, segundo diz, está limpo há alguns anos.

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