SOBRE ESTIMULANTES

O que são?
Os estimulantes são substâncias que têm um  efeito direto sobre o Sistema Nervoso Central,  porque aumentam a estimulação do sistema  cardiovascular e do metabolismo orgânico em  geral. Os estimulantes mais disseminados no  desporto são: anfetaminas, cocaína e efedrina.
Porque são usados pelos atletas?
Os estimulantes são usados para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina, substância que é produzida naturalmente pelo organismo. Podem produzir excitação,  melhorar os reflexos e a capacidade de concentração e aumentar a agressividade.  Podem ainda aumentar a capacidade de tolerância ao esforço físico e diminuir o limiar da dor.
Estimulantes Simpatomiméticos
Tem sido utilizados com a finalidade de aumentar o estado de alerta, de reduzir a fadiga e de aumentar a competitividade. A utilização destes além de ser proibida por ser injusta para com outros jogadores pode trazer numerosos efeitos nocivos aos usuários, como alteração do controle da temperatura corporal, hipertensão, taquicardia, arritmia, vasoconstrição cutânea, midríase, excitação nervosa, ansiedade, crises convulsivas e outros, excitação nervosa. Pertencem a esse grupo a anfetamina, cocaína, cafeína., efedrina, pseudoefedrina, salbutamol, fenilporopanolamina, entre outros.

Jogadores de futebol e beisebol usam anfetaminas para aumentar o estado de alerta e concentração; corredores e nadadores podem usá-las para aumentar a energia e resistência, e jóqueis para supremir o apetite e evitar aumento de peso corporal.        Em 2007  o jogador Dodô, atacante na época, do Botafogo foi pego no antidoping por uso da substância fenproporex (anfetamina), inicialmente o jogador foi suspenso por 120 dias, mas a Fifa, juntamente com a Wada, entrou com recurso contra o STJD, suspendendo atleta por 2 anos. O órgão alegou que Dodô não conseguiu provar o porquê de a substância estar em seu organismo.
Diuréticos

Algumas substâncias configuram casos de doping apenas quando detectadas acima de determinada concentração. Diuréticos são eventualmente utilizados como agentes mascaradores, ou seja, atuam diluindo a urina do atleta, diminuindo a concentração de outra substância proibida utilizada (descaracterizando um caso positivo de doping. Outro objetivo freqüente, apesar de também proibido, do uso de diuréticos nos esportes é a redução rápida do peso corporal de atletas, que participam de esportes com divisão de categorias por peso ou onde o baixo peso corporal seja condição importante na obtenção de resultados.

A ginasta Daiane dos Santos em julho de 2010 foi pega em exame antidoping, para o diurético furosemida. . Em outubro, o resultado foi divulgado e o caso repercutiu imediatamente em todo o Brasil. A Federação Internacional de Ginástica acabou dando uma pena branda à atleta, que foi suspensa por 5 meses.A atleta afirmou que não sabia que a furosemida era proibida, sendo que a substância era a base de um tratamento estético contra gordura localizada ao qual a ginasta estava sendo submetida. "Eu perguntei para ela [a esteticista, cujo nome não foi divulgado por Daiane] o que tinha nas enzimas da aplicação. Ela disse que não tinha nada de errado. Mas ela também não sabia que a substância não podia ser utilizada", explicou a ginasta, contando, ainda, por que resolveu realizar o tratamento. "Eu não estava me sentindo bem esteticamente. Eu estava em recuperação, ficava sentada o tempo inteiro, então é normal que a massa vire gordura mesmo".

Porém Daiane não foi a primeira Brasileira a ser pega utilizando furosemida, em 2002 o atleta João Derly - Bicampeão mundial de judô, ficou seis meses suspenso por doping, após usar um diurético, para acelerar a perda de peso, dias antes de um torneio, em 2002.





Bibliografia

CASTRO,R.R.T;NOBREGA,A.C.L;ROSE,E.H. XXVIII Olimpíadas, Atenas. O cardiologista está preparado? Arq. Bras. Cardiol. vol.83 no.1 São Paulo July 2004.

http://www.idesporto.pt/docs/jovens.pdf

http://www.vooz.com.br/noticias/daiane-dos-santos-diz-que-nao-sabia-que-substancia-era-proibida-21540.html


http://esportes.terra.com.br/rumo-a-2012/fotos/0,,OI149234-EI17322,00-Relembre+casos+de+doping+que+chocaram+o+esporte.html



Narcoanalgésicos
Buprenorfina,  dextromoramida,  diamorfina  (heroína),  fentanil  e  seus  derivados,
hidromorfona, metadona, morfina, oxicodona, oximorfona, pentazocina e petidina
Representados pela morfina e seus análogos são utilizados na dopagem devido a sua ação analgésica para tratamento da dor.
Têm sido usados para diminuir a resistência do organismo à dor, devido à um esforço físico excessivo.
O uso dessas substâncias geralmente se restringe durante os treinos e não antes da competição, pois podem provocar sonolência e comprometer o desempenho.
Seus principais efeitos são: sonolência, alteração no humor, confusão mental, náuseas, vômitos. Em altas doses podem provocar depressão respiratória e cardiovascular.
Apresentam tolerância e podem levar à dependência.
O uso de narcóticos  pode  ser  um  problema  de  saúde  pública.  A ausência  ou  a
diminuição da sensação dolorosa pode fazer com que um atleta menospreze uma lesão potencialmente perigosa, levando ao seu agravamento.


Canabinóides
São substâncias naturais presentes na planta Cannabis sativa assim como seus análogos ou metabolitos sintéticos.
Porque são usados pelos atletas?
A marijuana ou o haxixe pode ser utilizada como forma de relaxar antes de uma  competição,  diminuindo  a  ansiedade  pré-competitiva  ou  para melhorar  o  estado  de  prontidão  em  desportos  de  risco.  Uma  utilização  repetida  e  habitual  conduz ao desinteresse, à desmotivação, à diminuição da atenção e da concentração e à  letargia. Os canabinóides provocam uma diminuição da  imunidade originando uma  maior predisposição às doenças infecciosas.
Não existem dúvidas que o seu uso prolongado é prejudicial para a saúde do atleta a  vários níveis, incluindo ao nível cardíaco, pulmonar e do sistema nervoso central. Por  outro lado, a marijuana pode ter efeitos graves ao nível do aparelho sexual.
CORAÇÃO
• Aumenta a frequência cardíaca
PULMÕES
• Inflamação das mucosas (bronquites, faringites, rinites)
• Tumores malignos (cancro) motivados pelo fumo simultâneo de tabaco
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
  Perda de memória
  Perda de equilíbrio e da capacidade de concentração
  Alucinações
  Dependência psíquica  
APARELHO SEXUAL
• Alterações da ovulação
• Diminuição do número de espermatozóides e sua motilidade

Doping genético
Um gene é uma unidade biológica de hereditariedade e códigos simplificados para a síntese de uma proteína. Em alguns casos estes genes são defeituosos e contêm informação errada que leva a uma falha na síntese ou vice-versa. Neste caso, a terapia genética tenta reparar o gene com defeito. Mas, se for possível aumentar, por ex. as proteínas musculares, deve ser tido em consideração um abuso.
Como consequência, a capacidade de utilizar incorretamente a terapia genética no esporte induziu a Agência Mundial Antidoping (AMA) a colocar o doping genético na Lista Proibida. É definido como:

“o uso não terapêutico de células, genes, elementos genéticos ou da modulação da expressão de genes, com a capacidade de melhorar o desempenho atlético” (WADA 2008).
No contexto da atividade física, vários genes possuem a informação para melhorar a resistência ou as proteínas que aumentem a massa muscular.
Existem quatro genes de resistência interessantes:
  • a enzima de conversão da angiotensina (ECA) um vasoconstritor ou vasodilatador
  • a eritropoietina (EPO), que estimula a eritropoiese
  • Peroxisome proliferator-activated receptor (PPARd) que codifica as enzimas ou oxidação de ácidos graxos. 
  • os fatores induzido por hipóxia (HIF) para alterações do oxigénio disponível  

Existem três genes musculares interessantes:
  • fator de crescimento mecânico (MGF), factor-1 de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), proteína de ligação do fator de crescimento semelhante à insulina (IGFBP) para o controle do crescimento muscular
  • hormonio do crescimento (GH) para o controlo de massa muscular
  • miostatina/fator de diferenciação de crescimento (gdf-8) ou fator de crescimento de transformação- (tgf-) como um regulador de crescimento muscular negativo


Bibliografia:
http://www.idesporto.pt/docs/jovens.pdf

Alcoolemia

O consumo de álcool é um dos hábitos sociais mais antigos e disseminados entre a população, estando associado a ritos religiosos e festivos, sendo uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido legalmente e até incentivado pela sociedade.
A absorção do álcool é rápida no início do uso e declina posteriormente, mesmo que a concentração no estômago ainda esteja alta. Depois da ingestão oral do etanol, cerca de 20% é absorvido em nível de mucosa estomacal e o restante nas primeiras porções do intestino delgado. Vários fatores podem influenciar a absorção do álcool, entre esses fatores destaca-se o tipo de bebida e concentração alcoólica, o pH do meio, o conteúdo gástrico e motilidade gastrointestinal, o período gasto na ingestão da bebida, além de outros fatores fisiológicos individuais.


Após a absorção pela via digestiva, o álcool passa diretamente pela veia porta e para o fígado, indo à circulação sanguínea e linfática do organismo, onde vai ser distribuído pelos tecidos em geral, apresentando níveis teciduais semelhantes aos níveis plasmáticos.
Cálculo da quantidade de álcool numa bebida:
O número de gramas em álcool de uma bebida pode ser calculado multiplicando o número de mililitros (ml) de álcool de uma bebida por 0,8 (o álcool é menos denso que a água):

Quantidade
Graduação
de álcool
Percentagem
de álcool
Volume
de álcool
Gramas de álcool
(ml x 0,8)
1 litro de vinho
12º
12%
120 ml
96 - 100 gramas
1 litro de cerveja
6%
60 ml
48 - 50gramas
1 litro aguardente
50º
50%
500 ml
400 gramas

Cálculo da taxa de alcoolemia
A taxa de alcoolemia atingida com a ingestão de determinadas quantidades de bebidas alcoólicas pode ser calculada, de modo aproximado, através da seguinte fórmula:


Coeficientes:
0,7 → homens em jejum
0,6 → mulheres em jejum
1,1 → decurso das refeições
(Disponível em:< http://www.saudepublica.web.pt/05-promocaosaude/051Educacao/al cool.nota.htm> )
Cerca de 90 a 98% do etanol ingerido é biotransformada através da oxidação; somente 2 a 10% do etanol absorvido é eliminado inalterado ocorrendo esta eliminação principalmente através dos rins e pulmões.
Entre as conseqüências orgânicas do consumo agudo e crônico de etanol surgem diversos efeitos tóxicos sobre o organismo. A primeira reação do organismo à bebida alcoólica é a euforia, desinibição e autoconfiança, sendo esse estado de espírito decorrente da liberação de mediadores neuronais, e que causam desequilíbrio ao sistema nervoso central. Essa primeira fase dura pouco. No entanto, é seguida de depressão, com diminuição da capacidade física, motora e mental; o que compromete a atenção e o estado de alerta necessários no trânsito e em outras atividades.


Estudos analisaram a prevalência de álcool e outras drogas em vítimas de acidentes de trânsito na França. A análise de álcool foi realizada em amostras de sangue por Cromatografia em fase gasosa cm head space, sendo observado um nível elevado de álcool, acima do limite permitido pelo departamento de trânsito. Segundo esta pesquisa, o álcool é uma das principais causas de morte em acidentes de trânsito entre jovens de 18-27 anos de idade.
Tendo em vista que a causa da maioria dos acidentes automobilísticos em todo o mundo tem sido há muito tempo associado ao consumo de álcool e, visando diminuir esses acidentes, os países têm criado leis que punem os crimes de trânsito e estabelecem limites de alcoolemia para os condutores.


(http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A1lcool&um=1&hl=pt-BR&sa=N&tbm=isch&tbnid=ZCRhFidVAWUiAM:&imgrefurl=http://segurancadotrabalhoedavida.blogspot.com/2011/02/ceia-alertanao-se-enganealcool-vicia-e.html&docid=_8lpx7JAMSoUZM&w=480&h=640&ei=ujp2Trq9NYGCtge49NHNDA&zoom=1&iact=hc&vpx=463&vpy=191&dur=1729&hovh=259&hovw=194&tx=210&ty=115&page=2&tbnh=141&tbnw=108&start=19&ndsp=20&ved=1t:429,r:15,s:19&biw=1280&bih=705)

Vários estudos têm concluído que a determinação da concentração do etanol ingerido pode ser determinada através da análise do sangue, ar exalado, da urina e da saliva, sendo a determinação da concentração de álcool no sangue, a medida mais precisa do grau de intoxicação.  Na determinação de etanol por cromatografia por head space utiliza-se normalmente um padrão interno para calibração da análise com o objetivo de corrigir imprecisões na amostragem ou na injeção.  Esta técnica consiste em adicionar uma quantidade conhecida de uma substância (padrão interno), diferente daquelas que estão sendo analisadas. Para a quantificação, é construída uma curva de calibração utilizando a razão entre a área do analito (etanol) e a do padrão interno versus a concentração do analito.

                             (http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A1lcool&um=1&hl=pt-BR&sa&ei)
                                     

SANTIAGO, E. F. Alcoolemia em vítimas fatais de acidentes de trânsito no Rio Grande do Norte empregando cromatografia em fase gasosa- Head space. Natal, 2008.

Esteroides x hipotireoidismo e hormônios sexuais

Esteróides anabolizantes X Função tireóidea


A utilização de esteróides anabolizantes por indivíduos que desejam
aumentar sua performance física, ou simplesmente para fins estéticos,
tem atingido índices alarmantes nas últimas três décadas. Além dos
efeitos desejados, uma infinidade de efeitos colaterais já foi bem descrita
na literatura, como vários tipos de câncer, ginecomastia, peliosis hepatis,
insuficiência renal, virilização, dentre outros. Sobre a função tireóidea, o
efeito mais pronunciado em seres humanos é a diminuição da TBG ( globulina ligadora de tiroxina) com conseqüente diminuição sérica de T3 e T4 totais, dependendo, porém, da susceptibilidade da molécula à aromatização e conseqüente transformação em estrógeno. Em ratos, o tratamento com esteróides anabolizantes altera a metabolização periférica dos hormônios tireóideos e também parece causar importante efeito proliferativo sobre as células tireóideas.
Assim, estas informações visam esclarecer os efeitos de doses suprafisiológicas de esteróides anabolizantes sobre a função tireóidea, reforçando o perigo que a utilização indiscriminada dessas drogas pode causar à saúde. (Arq Bras Endocrinol Metab 2007; 51/9:1417-1424)

Metabolismo e mecanismo de ação dos
esteróides anabolizantes

A testosterona possui efeitos em diferentes tecidos.
Alguns desses efeitos ocorrem apenas após a metabolização da testosterona, que pode gerar dois outros esteróides ativos: a di-hidrotestosterona (DHT) e o
estradiol. Alguns efeitos parecem ser mediados pela própria testosterona, alguns pela DHT e outros pelo estradiol.
Algumas evidências sugerem a existência de transportadores e/ou receptores de membrana para a testosterona. Após entrar na célula, o hormônio será convertido a DHT ou agirá diretamente, ligando-se ao receptor de androgênio, que pertence à super-família de receptores nucleares. Tanto a testosterona quanto a DHT ligam-se ao domínio de ligação ao hormônio do receptor, permitindo a ligação do complexo a genes responsivos, agindo como um fator transcricional que regula a expressão desses genes.

Uma vez que existem receptores para os esteróides sexuais na tireóide, é razoável esperar efeitos diretos desses hormônios no crescimento e função
da glândula.
 Estudos demonstraram que a testosterona é um potente fator mitogênico nos tireócitos em cultura, atuando em conjunto com o TSH ou não .
 O estrogênio aumenta a concentração sérica de TBG, resultando num aumento de T4 ligado e de TSH.
Os esteróides anabolizantes, quando utilizados em doses suprafisiológicas, possuem efeitos sobre a função tireóidea. Dentre esses efeitos, o mais pronunciado em seres humanos é a diminuição da TBG. Como essa proteína é uma das responsáveis pela manutenção das concentrações séricas de T4 e T3 para o aproveitamento celular e conseqüente resposta biológica, com sua diminuição ocorre diminuição da concentração sérica total desses hormônios. Porém, essa diminuição dependerá da susceptibilidade à aromatização do esteroide anabolizante utilizado. Uma série de outras alterações também foi relatada em humanos, sendo que a maioria dos estudos evidenciou o aparecimento de um quadro que pode ser confundido com hipotireoidismo subclínico, com TSH sérico elevado e T4 livre normal.
Além dos efeitos sobre as concentrações séricas de TBG, as conseqüências das ações diretas dos esteroides sobre a célula tireóidea precisam ser melhor avaliadas. Assim, a presente revisão reforça o perigo da utilização indiscriminada de esteróides anabolizantes para a saúde, demonstrando mais um sistema que pode ser afetado por essas substâncias.
Esteróides Anabolizantes x sistema reprodutor
  Entre os efeitos indesejados sobre o sistema endócrino e reprodutivo destacam-se nos homens: a menor produção de testosterona, atrofia testicular, a oligo e azoospermia, genicomastia, carcinoma prostático, priapismo, impotência, alteração do metabolismo glicídico, alteração do perfil tireoidiano A administração exógena dessas substâncias afetam o eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal, resultando num feedback negativo na secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) que, por sua vez, diminuem a produção de Testosterona endógena, resultando na redução da espermatogênese (LISE et al., 1999). Assim, a virilidade e a fertilidade normais do homem necessitam de um controle direto do eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal.
Tradicionalmente, sabe-se que o diagnóstico da infertilidade masculina depende de uma avaliação descritiva dos parâmetros estudados após ejaculação, com ênfase na concentração, morfologia, motilidade e vitalidade dos espermatozóides (Guerra et al, 2005).  O efeito dos esteróides anabolizantes sobre a espermatogênese se produz através de uma retroalimentação negativa do eixo hipotálamo-hipofíse-gonodal, inibindo tanto a secreção hipotalámica de GNRH como á hipofisária de FSH e LH. Induzindo um hipogonadismo (Turek et al, 1995). Atuando também em um efeito gonadotóxico direto.

Referencias: FORTUNATO,R.S . et al. Esteróides Anabolizantes e Função Tireóidea Arq Bras Endocrinol Metab;51/9 1417, 2007.
Nunes,G.L. Esteroides anabolizantes: mecanismo de acción y efecto sobre el sistema reproductor masculino. Revista Digital - Buenos Aires : 14 - 136 – 2009. Disponível em: http://www.efdeportes.com, acessado em 08/09/2011.
Doping
 
 
A crescente mercantilização observada no meio esportivo aumentou a pressão sobre o atleta para alcançar seu rendimento máximo em curto prazo. Vencer se tornou Mais importante que competir. Essa inversão de valores tem provocado mudanças na ética desportiva, induzindo os atletas à utilização de todos os recursos disponíveis, lícitos ou não, para vencer.
Entre os fatos que contribuem para a utilização da dopagem são: freqüência, duração e intensidade dos treinamentos e das competições; período de recuperação insuficiente entre esses episódios; condições atmosféricas desfavoráveis e estresse provocado pelo público, meios de comunicação e patrocinadores.
A maioria dos recursos utilizados para essa finalidade apresenta grande probabilidade de provocar efeitos nocivos ao atleta. Infelizmente, na maioria das vezes, as discussões sobre o assunto são restritas à eficácia ou não da substância como agente de dopagem ou se o atleta teve ou não a intenção de se dopar.
Essa é uma questão de importância, como poderemos julgar a verdadeira intenção de um esportista em se dopar ou não, em tempos em que se perdeu o espírito esportivo, e que a vitória tornou-se mais importante do que competir devido aos grandes prêmios em dinheiro. A luta contra a prática da dopagem tem por base a proteção da saúde e a manutenção da segurança dos atletas.

César Cielo é pego em exame de doping
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou no dia 01 de julho de 20011 que quatro atletas brasileiros foram flagrados no exame antidoping no último Troféu Maria Lenk, no Rio, em maio. Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre, Nicholas Santos e Henrique Barbosa, do Flamengo, e Vinícius Waked, do Minas Tênis, tiveram resultado analítico adverso para a substância Furosemida, da classe S5 Diuréticos. Os exames foram analisados pelo Laboratório INRS – Institut Armand Frappier, no Canadá, credenciado pela Agência Mundial Antidoping.
Mas nada acontecerá a eles. A confederação divulgou que por causa do histórico e por seguir o regulamento internacional eles serão punidos com uma advertência e “de acordo com a regra DC 9 da Federação internacional, os atletas perdem os resultados, prêmios, certificados e medalhas alcançados no Troféu Maria Lenk de Natação”. Eduardo de Rose, membro-fundador da Agência Mundial Antidoping, disse que "não houve culpa nem negligência" dos nadadores. “O que ocorreu foi a contaminação da cafeína que eles tomam há dois anos.”
A nota diz ainda que “os quatro atletas declinaram do direito de realização da amostra B e os referidos atletas definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, estando comprovado que não houve aumento dos seus desempenhos, fato que não ocorreu nesta competição. A Federação Internacional de Natação, optou por uma advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio”.
Em nota em seu site oficial, César Cielo falou sobre o fato ocorrido. “Durante o painel, todos os dados foram levantados e comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normas e protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária).”
Segundo o site, o nadador afirma acreditar que todo o mérito de um atleta seja resultado de muito treino, dedicação e seriedade, e afirma que todos os resultados já conquistados por ele, seguiram esses pilares não sendo em nenhum momento imprudente ou usando de imperícia.
Diz ainda, “Não uso nenhum tipo de medicamento ou suplemento sem me certificar da segurança de sua utilização. Em qualquer lugar do mundo em que esteja, consulto sempre meu médico e meu pai, que é médico, sobre os componentes de todo medicamento ou suplemento antes de ingeri-los. Sou extremamente cuidadoso com isso e tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho...”
Referencia:

Ben Johnson diz ter sido sabotado por empresário de Carl Lewis em Seul-1988
O ex-velocista Ben Johnson afirmou ter sido sabotado pelo empresário de Carl Lewis, Andre Jackson, e que por este motivo foi pego no exame antidoping nos Jogos Olímpicos de Seul-1988. Segundo o canadense, todos os velocistas se drogavam, mas apenas ele foi pego.
A história foi contada em uma biografia lançada recentemente nos Estados Unidos. No livro, Ben Johnson não nega o uso de substâncias ilícitas, mas se defende afirmando que a prática era comum entre os atletas de ponta. A estratégia na época era interromper o uso antes dos exames antidoping e foi estimulada por seu treinador Charles Francis. Dessa forma, Ben Johnson cravou 9s79 na final dos 100m rasos, mas perdeu a medalha de ouro após ser revelado o doping do atleta.
Em entrevista exibida no Esporte Espetacular, o canadense diz que estava na companhia de Jackson na sala do exame e que o empresário de Carl Lewis lhe ofereceu algumas cervejas para ajudar a urinar. Enquanto dava cervejas ao atleta, Jackson colocava na garrafa comprimidos com estanozolol, uma substância proibida que aumenta a força e potência dos músculos.
“Eu achei que não era nada. Tomei umas quatro ou cinco garrafas em um período de cerca de sete horas”, afirmou Johnson ao programa. Este período de tempo é suficiente para que a substância seja detectada na urina.
Carl Lewis, segundo colocado na prova, foi o maior beneficiado no escândalo, pois herdou a medalha de ouro do adversário canadense. O atleta norte-americano não quis comentar o caso, bem como seu empresário, que hoje trabalha na África.
Ben Johnson diz que contou sua versão dos fatos aos dirigentes esportivos de seu país, mas eles se recusaram a acreditar em um atleta que confessava o doping.

Problemas do Maradona com a cocaína
A amigos íntimos Maradona terá revelado que o seu contacto com a cocaína começou ainda emBarcelona , nos dias seguintes a um famoso jogo com o Atlético de Bilbau, em Abril de 1984, em que se registou tremenda batalha campal.

O jogador argentino terá, de seguida, caído na tentação de experimentar, em casa de pessoas conhecidas, as sensações da cocaína. Maradona, pelo menos publicamente, nunca confirmou esta versão.

Só anos mais tarde, já no Nápoles, no rescaldo da derrota na final do Mundial de 1990, Maradona terá ficado dependente daquela droga. Entre Julho de 1990 e Fevereiro de 1991 muita gente suspeitava que o argentino consumia cocaína. Em Dezembro de 1990 surgiram, nas páginas de alguns jornais italianos, fotografias de Maradona com Giulliano que controlava o tráfico.

Pouco depois o argentino seria acusado formalmente de envolvimento em negócios que metiam cocaína e, até, prostituição de luxo. Mas só a 29 de Março de 1991 estourou a bomba. O telejornal do primeiro canal da RAI 1 abriu com a notícia: Maradona acusara uso de cocaína no controlo anti-doping efetuado no final do Nápoles-Bari, disputado a 17 de Março. Foi logo afastado e, mais tarde, condenado a 15 meses de suspensão

Terá sido este, talvez, o período mais difícil da vida de Maradona. A 26 de Abril, num apartamento de Cabalitto, a cinco quilómetros de Buenos Aires, foi detido a consumir 20 gramas de cocaína, com mais meio quilo pronto para usar. Foram arrepiantes as imagens passadas nessa altura, que mostram um Maradona arruinado física de psicologicamente, alucinado e de olhar ausente.Pouco depois deu início a tratamento psiquiátrico e revelou que já consumia cocaína há muito tempo.

Participou em debates e colóquios em que se debateu o problema social de quem é dependente de drogas. Avisou as crianças argentinas, talvez pensando nas filhas, pensou-se que estaria curado. Em Agosto de 1997, porém, num Boca Juniors-Argentinos Juniors, voltou a acusar a presença de cocaína na urina.

Ponto final na carreira. Mais tarde, em Janeiro de 2000, sofreu crise cardíaca por alegada overdose de cocaína. Soube-se então que Maradona, afinal, também era de carne e osso. Não conseguia deixar os labirintos da droga. Admitiu-o. De olhos bem abertos e a pensar nas filhas. Agora, segundo diz, está limpo há alguns anos.

Polímero de Impressão Molecular


A impressão molecular é uma tecnologia capaz de produzir polímeros dotados de sítios específicos de reconhecimento, estereoquimicamente moldados a partir de molécula modelo – MM. Nesses polímeros, rotineiramente intitulados de polímeros impressos molecularmente (molecularly imprinted polymers-MIP), a etapa de síntese (Figura 1) ocorre após a formação de um complexo entre os monômeros funcionais (MF) e a MM. Assim, as terminações ligantes dos MF são posicionadas em pontos complementares àqueles provenientes da MM, permitindo a formação de ligações e, como conseqüência, uma notável capacidade enantiosseletiva.

FIGURA 1 - Esquema genérico da síntese do MIP.

O reconhecimento biomolecular de alguns processos biológicos, como a replicação de DNA, interações enzima-substrato e antígeno-anticorpo, constitui a base do desenvolvimento de materiais seletivos. Nesses sistemas, as biomoléculas possuem sítios receptores capazes de se ligar seletivamente a uma molécula, na presença de outras com estruturas moleculares análogas.
Na prática, os anticorpos são covalentemente ligados a um sorvente apropriado, originando os imunossorventes. Apesar das características marcantes dos imunossorventes como material seletivo, existem algumas desvantagens relacionadas aos anticorpos: custo elevado, necessidade de purificação, dificuldade de obtenção e instabilidade. Além da seletividade, os MIP demonstram vantagens em relação aos imussosorventes quanto estabilidade química, capacidade de adsorção e reprodutibilidade no preparo de polímero.
A tecnologia de impressão molecular tem sido amplamente empregada em diversas áreas, com destaque para a química analítica, principalmente na separação e concentração de vários analitos em diferentes amostras, como matrizes biológicas. Esta tecnologia, ainda, se encontra em fase inicial de desenvolvimento na área de liberação controlada de fármacos, sendo ausente e ligeiramente distante seu emprego clínico.

A seguir estão dois vídeos que comentam sobre a técnica e suas vantagens.


http://www.youtube.com/watch_popup?v=P_iHvww05FI&vq=medium#t=25


http://www.youtube.com/watch?v=P_iHvww05FI

• FIGUEIREDO, E.C et al. Impressão molecular: uma estratégia promissora na elaboração de matrizes para a liberação controlada de fármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas,Vol. 44, n. 3, 2008
• MOREAU, Regina Lúcia de Moraes; SIQUEIRA, Maria Elisa Pereira Bastos de. Toxicologia analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008